O Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP) receberá um dos novos centros temáticos apoiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) com o objetivo de desenvolver sistemas de diagnóstico e terapias avançadas que utilizam a nanomedicina para aplicação em câncer e doenças raras, incluindo a Atrofia Muscular Espinhal (AME).
De acordo com informações de Rui Sintra, da Assessoria de Comunicação do IFSC, o professor e pesquisador Valtencir Zucolotto será o coordenador do centro. “As expectativas são as melhores possíveis, pois a criação do novo centro consolidará nossas pesquisas já em andamento numa área de fronteira e de grande importância acerca do uso da nanotecnologia no diagnóstico e terapia do câncer, especialmente glioblastoma e câncer de pulmão, e de doenças raras”, disse ele.
A unidade será mantida pelo IFSC, com cientistas em atividades de pesquisa e extensão, incluindo colaborações externas, incluindo o Hospital de Amor (Barretos), a Faculdade de Medicina (FM) da USP e o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), além de diversas instituições internacionais.
“Apesar do nosso grupo GNano já atuar nessas duas temáticas, o novo centro permitirá a ampliação da infraestrutura, facilities e recursos humanos, criando um espaço dedicado para a ciência e inovação. Pretendemos estabelecer novas colaborações acadêmico/científicas e também com empresas da área, para acelerar o desenvolvimento de novos nanofármacos, acelerando também uma eventual transferência de tecnologia para o Sistema Único de Saúde (SUS) e/ou empresas”, afirmou Zucolotto.
O uso da nanomedicina em doenças raras representa um novo paradigma terapêutico, especialmente para pacientes que até então tinham poucas ou nenhuma opção de tratamento. O novo centro promete propor soluções de alta tecnologia, com segurança, personalização e potencial para levar essas terapias à prática clínica em larga escala.
Entre os objetivos do centro estão três áreas:
- nanomedicina teranóstica: o foco é desenvolver nanopartículas que unam diagnóstico e terapia, detectando tumores e eliminando células doentes;
- nanovacinas e imunoterapia: criar formulações de nanovacinas personalizadas, que “ensinam” o sistema imune a reconhecer e atacar células tumorais, particularmente em câncer e doenças raras;
- nanotoxicologia: análise dos riscos e dos impactos das nanopartículas no organismo e meio ambiente, garantindo segurança nas aplicações clínicas.
Fonte: antena1