PREMIUMIZAÇÃO SE TORNA TENDÊNCIA-CHAVE DO …

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Quem acompanha o mundo do vinho em 2025 percebe uma mudança de espírito. Críticos, sommeliers e publicações especializadas apontam que estamos vivendo a “era da premiumização”. Em um mercado global pressionado por custos, novos hábitos de consumo e transformações geracionais, o que sobrevive e cresce não é a garrafa barata de prateleira, mas o vinho que conta uma história, que entrega emoção e que se posiciona como experiência cultural.

Beber menos e melhor deixou de ser apenas um slogan: é um movimento real, visível tanto em adegas familiares quanto em relatórios de mercado. A garrafa certa passou a ser escolhida não só pelo sabor, mas pelo valor simbólico que carrega.

A força da premiumização

A premiumização é, em essência, um reposicionamento do vinho no cotidiano. O consumo massificado encolhe, mas a disposição de pagar mais por um rótulo que expresse autenticidade, terroir e identidade cresce de forma consistente.

Esse fenômeno é visível em diferentes cantos do mundo. Champagne, por exemplo, mantém sua aura intocável. Mesmo em momentos de retração econômica, casas como Krug, Dom Pérignon e Bollinger seguem firmes, porque vendem muito mais do que vinho espumante: oferecem ritual, celebração e prestígio.

Na Espanha, a região de Rioja mostra a força de quem consegue unir tradição e modernidade. Grandes vinícolas como Marqués de Riscal e Bodegas Muga investem em vinhos clássicos e, ao mesmo tempo, em experiências de enoturismo, atraindo tanto conhecedores quanto novos consumidores que buscam vivências imersivas.

Do outro lado do Atlântico, a premiumização assume outro tom em Napa Valley, na Califórnia. Ali, nomes como Opus One, Screaming Eagle e Harlan Estate se tornaram objetos de desejo não apenas de enófilos, mas também de investidores. Seus vinhos alcançam cifras altíssimas em leilões, transformando a garrafa em ativo cultural e financeiro.

E o Brasil começa a aparecer nesse mapa. Vinhos de alta gama produzidos na Serra Gaúcha e na Campanha Gaúcha, de casas como Casa Valduga, Miolo e Pizzato, conquistam prêmios e respeito internacional. Ao apostar em séries limitadas, uvas selecionadas e projetos de guarda longa, o país mostra que também pode dialogar com a linguagem global do vinho premium.

Mais que luxo, uma escolha cultural

O que define o vinho premium não é apenas o preço. É a soma de fatores: terroir, narrativa, autenticidade, memória afetiva. É o rótulo que marca uma celebração, o que simboliza identidade cultural ou o que carrega a assinatura de uma vinícola que ousa ser diferente.

Em 2025, o vinho se confirma como experiência — e é por isso que a premiumização não é apenas tendência de mercado, mas reflexo de uma mudança cultural. Quem abre uma garrafa busca mais do que aromas e sabores: busca significado.

Fonte: antena1

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