NYFW faz interpretações estéticas e políticas sobre a beleza norte-americana

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Veja os destaques da temporada de verão 2025 da semana de moda de Nova York

Por Cassio Prates e Eve Barboza

Esta última temporada da semana de moda de Nova York – finalizada nesta quarta-feira (13.09) – pode ser sintetizada como uma ode aos diferentes arquétipos norte-americanos. Alaïa, Ralph Lauren, Tommy Hilfiger, Coach e Willy Chavarria apresentaram modelos norte-americanos distintos que coabitam em um país continental, que vai às urnas no próximo mês.

Pieter Mulier, à frente da Alaïa, apresentou seu desfile no Museu Guggenheim. A mudança transatlântica de Paris para Nova York, como ele mesmo explica em uma carta em primeira pessoa, é uma “oportunidade e obsessão pela ideia da beleza norte-americana”. Na passarela, é possível ver referências ao costureiro Charles James e à pioneira do sportswear estadunidense Claire McCardell, um dos grandes presentes que a moda norte-americana deixou para o mundo. Esses elementos aparecem na visão elegante e arquitetônica de Mulier e, ao mesmo tempo, nas releituras de Tommy Hilfiger, que remixou códigos náuticos e marítimos, combinando-os com uniformes colegiais e esportivos. O seu clássico TF também aparece (gritando!) em muitas peças, em um típico estilo norte-americano.

Já Ralph Lauren levou seus convidados para os Hamptons, reforçando uma estética preppy em uma homenagem ao famoso Polo Bar, de Nova York. Enquanto isso, Kaithe e Proenza Schouler referenciam a beleza norte-americana por meio de mulheres poderosas e ricas, com bons shapes e tecidos. Num cenário oposto, a Coach fez uma ode à cidade a ao otimismo da juventude, que voltou às ruas recentemente com diversas interpretações – pintadas, desenhadas e rabiscadas – do “I ❤ NY”.

O designer Willy Chavarria escolheu um banco em desuso em Wall Street. Com uma cópia da Constituição Norte-Americana na cadeira de cada um dos convidados, ele fez uma coleção em homenagem às comunidades imigrantes do país e suas influências éticas e estéticas no trabalho, de uniformes de gerentes de hotéis a trabalhadores rurais. Em um momento em que o país se encontra às vésperas de uma eleição crucial, Chavarria destaca e celebra as pessoas que fazem o país funcionar e ainda são a espinha dorsal dos Estados Unidos.

Encerrando, a Luar ofereceu uma coleção inspirada na beleza latina que habita Nova York. Muitos jornalistas não foram aos desfiles para assistir ao debate presencial entre Donald Trump e Kamala Harris. Coisas da vida – e da moda!

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