A proporção de lares unipessoais no Brasil passou de 12,2% (7,5 milhões), em 2012, para 18,6% (14,4 milhões), em 2024.
Os dados constam de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O analista William Kratochwill aponta que o aumento de residências com apenas um morador está associado ao envelhecimento da população. De acordo com a Pnad, em 12 anos, a parcela de pessoas com 65 anos ou mais de idade passou de 7,7% para 11,2%. “40% das unidades unipessoais no Brasil são ocupadas por pessoas de 60 anos ou mais”, disse ele.
As regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentam os percentuais mais elevados de domicílios unipessoais (19,6% e 19,0%, respectivamente), enquanto a Região Norte registra a menor proporção (15,2%).
“Nos grandes centros, é mais comum as pessoas migrarem por razões profissionais. Primeiro vão e moram sozinhas, para se estabelecer em um novo emprego, e só depois trazer a família. Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais são estados atrativos para mão de obra, por serem centros maiores”, explicou Kratochwill .
As mulheres eram 44,9% das pessoas que moravam sozinhas em 2024, já os homens representavam 55,1%. No ano passado, 57,2% desses homens tinham de 30 a 59 anos. Entre as mulheres, 55,5% estavam na faixa de 60 anos ou mais.
“O perfil de domicílios unipessoais também é formado por pessoas que estão no final do ciclo da vida, em sua maioria mulheres, cujos filhos saíram de casa para formar suas famílias, ou com o parceiro já falecido”, concluiu o analista.
Fonte: antena1