Na última segunda-feira, a Argentina ganhou a segunda edição do Guia Michelin. Todos os restaurantes premiados na edição de 2023 mantiveram-se firmes e fortes, porém, outros nove conquistaram distinções, dos quais três viram brilhar sua primeira estrela.
Concebido pelo enólogo mais famoso da Argentina, Alejandro Vigil, o Angélica Cocina Maestra, em Mendoza, é um deles. O restaurante de alta gastronomia da vinícola Catena Zapata levou de uma vez uma estrela e uma estrela verde.
Aviso: não é isso que permitirá o aumento de preços do menu degustação, visto que ele já é o mais caro do país – custa AR$ 3.078.000 (quase R$ 17.000) com 12 passos e harmonização “Escalera al Cielo”.
SAIBA COMO é comer no restaurante mais caro da Argentina
Em compensação, o único mendocino que tinha estrela verde recebeu um novo astro para chamar de seu. O Riccitelli Bistró, restaurante da vinícola Matias Riccitelli Wines, comprovou que vinhos éticos e a cozinha sazonal do chef Juan Ventureyra de fato harmonizam.

Riccitelli Bistró visto da horta, em Luján de Cuyo, em Mendoza Foto: Fernanda Meneguetti
As experiências em pleno jardim, com pratos que homenageiam vegetais, sobretudo os da própria horta, começam em AR$ 40.000 e chegam a AR$ 200.000 (cerca de R$ 1.100) no caso do menu que concilia ecossistemas de toda a Argentina com rótulos especiais.
No entanto, não foi só a capital do vinho que ganhou estrela. Em Buenos Aires, o chef Gabriel Oggero viu o trabalho de 20 anos ser coroado. Seu agora premiado Crizia foi responsável por colocar o mar argentino na pauta da gastronomia local e, desde sempre, teve orgulho em exibir uma das melhores adegas argentinas.
Esse novo trio soma-se ao único restaurante duplamente estrelado pelo Guia (o Aramburu). Coloca-se ao lado de Don Julio e Trescha, em Buenos Aires, assim como de Azafrán, Brindillas, Casa Vigil e Zonda Cocina de Paisaje, em Mendoza.