Aposto que você também ficou exausta de ver as repercussões sobre a maquiagem de Pat McGrath para a alta-costura da Margiela, em meados de janeiro. Em pouquíssimos dias, a gente até se saturou de todo mundo falando, especulando, comentando, repostando, recriando. A própria maquiadora marcou uma live no Instagram para detalhar o processo, que incluiu aerógafos e oito camadas de máscara facial para garantir o efeito pele de boneca. Depois do burburinho, seguido do cansaço pelo tal burburinho, retomo algumas reflexões sobre a importância desse momento na beleza e na moda.
O visual criado pela maquiadora inglesa foi o epicentro de tanta euforia porque conseguiu compactar uma série de anseios inconscientes dos entusiastas da beleza. Primeiro, era um make tudo. Ou melhor, um make TUDÃO. O full look estava servido em bandeja de prata num belo banquete. Tinha peruca, lábios em tons inesperados, pálpebras coloridas, sobrancelhas apagadas e finas, blushes em nuances incomuns e a pele… A pele extremamente trabalhada que só uma alquimista como Pat poderia criar.