Depois de fazer fama na Europa como marca de sustentabilidade, a grife de tênis Veja inaugura sua primeira loja própria no Brasil. Na badalada Rua Oscar Freire, em São Paulo, o lugar abre as portas para uma nova fase da marca que, por anos, foi conhecida no país como Vert.
O projeto de 600m², divididos em três andares, assinado pelo arquiteto Roberto Somlo traduz essa proposta com uma arquitetura brutalista que aparece nas lajes de concreto cru, nas vigas expostas, nos tijolos aparentes e em uma fachada de vidro que convida à transparência.
A flagship brasileira é a maior loja da Veja no mundo e foi pensada como um centro de experiências. O térreo abriga o programa “Limpar, Reparar e Coletar”, já presente em capitais como Paris, Londres e Nova York, onde os clientes podem recuperar seus pares usados – mais de 45 mil já foram restaurados desde a criação do projeto, reforçando a missão circular da marca.
No mezanino e no terceiro piso, o ambiente é dinâmico e versátil com um andar dedicado a colaborações artísticas e lançamentos, enquanto o rooftop funciona como um espaço cultural, com móveis assinados por Lina Bo Bardi e estrutura pronta para exposições, eventos e projeções audiovisuais.
Manifesto Sustentável
A marca de tênis Veja é reconhecida por sua cadeia de produção ética e ecológica. Os calçados são feitos com algodão orgânico cultivado no Brasil e no Peru, borracha amazônica e poliéster reciclado. Grande parte da produção acontece em fábricas localizadas no Rio Grande do Sul e no Ceará, com exceção de uma pequena parcela vinda de Portugal.
Com mais de 150 modelos disponíveis – que chegam a custar R$ 1 mil – e cerca de 4 milhões de pares produzidos anualmente, tem o modelo “Campo”, em couro branco com o V colorido, como campeão de vendas já que simboliza o equilíbrio entre design minimalista e consciência ecológica.
Ao unificar globalmente o nome Veja — e deixar o “Vert” para trás — a marca afirma uma nova identidade, mais conectada com seus valores originais. A loja paulistana, com sua atmosfera crua e honesta, é ao mesmo tempo uma vitrine e um manifesto.
Fonte: veja.abril