O Instituto Butantan vai desenvolver e testar um medicamento com base em anticorpos monoclonais contra o vírus Zika.
O objetivo, de acordo com reportagem de Camila Neumam, é usar uma linhagem celular para produzir anticorpos que serão usados para prevenir a infecção em grávidas ou em qualquer pessoa sob risco de contrair a doença.
O anticorpo monoclonal (mAb), descoberto pelo médico imunologista Michel Nussenzweig e licenciado pela Universidade Rockefeller, dos Estados Unidos, é capaz de neutralizar o vírus.
De acordo com o diretor do Butantan, Esper Kallás, o remédio será produzido em escala farmacêutica na fábrica do instituto para a realização de estudos clínicos, ainda sem previsão de início.
Se os resultados demonstrarem uma boa eficácia em voluntários saudáveis e infectados, no futuro a fórmula poderá ser testá-la em gestantes que residem em áreas de surto ou epidemia.
Zika
O vírus Zika, assim como a dengue e a chikungunya, é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Em metade dos casos, as infecções são assintomáticas; na outra parte, podem apresentar sintomas como febre baixa, manchas avermelhadas na pele (exantema), dor de cabeça, conjuntivite, inchaço nas articulações e crescimento excessivo dos linfonodos.
Em 2015, durante a epidemia da doença no Brasil, pesquisadores identificaram a síndrome congênita do Zika vírus – quando a grávida infectada transmite o vírus para o feto durante a gestação, o que causa no bebê complicações neurológicas e anomalias congênitas irreversíveis.
Fonte: antena1