A chuva de meteoros Perseidas atingirá seu pico entre a noite desta terça (12) e a madrugada de quarta-feira (13), com condições razoáveis de visualização principalmente na região Norte do Brasil.
De acordo com o astrônomo Dr. Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional (ON/MCTI), o fenômeno é visível anualmente de meados de julho até o fim de agosto.
A Lua estará 84% cheia, o que pode comprometer a observação no momento da atividade máxima.
“É importante notar que não há horário definido de pico e que a melhor hora de observação será durante a madrugada, a partir das 3 da manhã, aproximadamente, dependendo da região. Quanto mais ao Sul, mais tarde será a visibilidade”, explicou De Cicco.
A chuva de meteoros Perseidas é particularmente favorável para observadores do Hemisfério Norte. Em seu pico, sob condições ideais, pode chegar a 75 “estrelas cadentes” por hora. No Hemisfério Sul, a observação será um tanto limitada sobretudo por conta da lua.
Cometa Swift-Tuttle
A Perseidas resulta dos detritos deixados pelo cometa Swift-Tuttle, que passou perto da Terra pela última vez em 1992. A chuva atinge seu pico em meados de agosto, quando o planeta atravessa a parte mais densa e empoeirada desses detritos espaciais.
O cometa Swift-Tuttle foi descoberto independentemente pelos astrônomos Lewis Swift e Horace Tuttle em 1862. A próxima passagem pela Terra, prevista para 2126, poderá torná-lo visível a olho nu.
O radiante (local de onde os meteoros parecem surgir) da Perseidas está localizado na constelação de Perseu. Embora a chuva de meteoros leve o nome da constelação de onde parece irradiar, a constelação não é a fonte dos meteoros.
O que são chuvas de meteoros?
As chuvas de meteoros são fenômenos dos mais apreciados pelos amantes da Astronomia. Os meteoros são fenômenos luminosos atmosféricos devido a entrada de meteoroides em altíssima velocidade na atmosfera da Terra. Os meteoroides são fragmentos de cometas ou de asteroides que ficam à deriva no espaço.
Conforme a rocha espacial cai em direção à Terra, a resistência do ar, atuando no meteoroide, ocasiona a ablação (“queima”), formando um “rastro” brilhante.
Quando a Terra encontra muitos meteoroides ao mesmo tempo, temos uma chuva de meteoros. Esse fenômeno acontece quando nosso planeta passa pelas zonas de detritos deixadas pelos cometas.
Os meteoroides são geralmente pequenos, desde partículas de poeira até pedregulhos. Eles quase sempre são pequenos o suficiente para queimar rapidamente na atmosfera.
Do ponto de vista científico, o estudo das chuvas de meteoros permite estimar a quantidade e período de maior penetração de detritos na Terra. A partir disso, as missões espaciais e centros de controle de satélites podem elaborar meios de proteção de suas naves e equipamentos. Outro ponto a considerar tem relação com o estudo da formação do Sistema Solar.
Fonte: antena1