EXCLUSIVO: Rony Meisler volta ao mundo dos negócios. Agora, com a Rebels Ventures

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Rony Meisler e os sócios fundadores da Reserva tinham acabado de anunciar a saída do grupo Azzas 2154, em agosto do ano passado, e uma enxurrada de mensagens começou a pipocar no WhatsApp de Rony. “Era todo mundo me perguntando o que eu ia fazer da vida, qual seria o meu próximo passo”, diz o empresário.
De tanto perguntarem, ele criou uma página no Instagram e até bonés personalizados escrito Doing Nothing Club, hoje com mais de 16 mil seguidores, para reforçar a importância do ócio. Mas esse período de “doing nothing club” acabou. Rony revelou com exclusividade ao NeoFeed que está de volta ao jogo do empreendedorismo.
“Eu e os meus sócios estamos lançando a Rebels Ventures”, diz Rony ao NeoFeed. Com o sugestivo nome que remete ao livro Rebeldes têm asas, que conta a história da Reserva, a nova empresa vai atuar, como o próprio Rony gosta de frisar, como uma “venture builder ajudando a acelerar negócios em estágios iniciais criados por jovens empreendedores”.
Por uma questão de non compete, Rony e seus sócios, Fernando Sigal, Jayme Nigri Moszkowicz e José Alberto Silva não podem atuar no setor de moda até o final do ano que vem. Mas o segmento escolhido é tão grande quanto o das passarelas. E o Brasil é um dos líderes na América Latina.
A Rebels Ventures vai focar no segmento de saúde e bem-estar – um mercado que, segundo dados do Global Wellness Institute, deve movimentar US$ 9 trilhões até 2028. “Vamos buscar jovens empreendedores para ajudar a criar e desenvolver marcas dentro desse segmento”, diz Rony. “E que deve crescer ainda mais com a adoção do GLP1”, diz, referindo-se a medicamentos como Ozempic e Mounjaro.
Indagado sobre os tamanhos dos cheques que a Rebels Ventures pretende fazer para entrar nessas empresas em estágio inicial, Rony diz que não é somente investidor, mas sim empreendedor. “Tem investidores muito melhores do que a gente. Somos empreendedores. O nosso modelo mescla investimento, com advisory e um venture builder as a service.”
Rony explica que ele e os sócios serão “copilotos” dos empreendedores escolhidos. “Vamos entrar e ajudar e vamos investir também.” A ideia é escolher empresas bootstrapping que faturem entre R$ 1 milhão e R$ 20 milhões e entrar com participações que, em média, cheguem a 20%. Mas, sobretudo, que sejam lideradas por empreendedores que tenham o mesmo alinhamento cultural da Rebels.
Quando o assunto for estratégia e marca, Rony será o copiloto; na parte de operações quem estará no auxílio será o Jayme. Já o Fernando será o responsável pelas cadeias de fornecimento e abastecimento e José cuidará da parte digital. “É o mesmo framework de quando estávamos na Reserva e depois na AR&Co. Mas quem manda no negócio é o empreendedor. Estaremos como copilotos se ele precisar”, diz Rony.
“Nesses últimos 20 anos, nos tornamos muito bons em criar um funil de audiência, comunidade e desenvolvimento de produto. E, além disso, uma transversal de digital, CX e um modelo de gestão focado em propósito e performance”, diz Rony. E complementa. “Isso é moda? Não, pode ser aplicado em moda. Mas certamente em negócios de criação de valor e marca.”
As empresas que estão na mira da Rebel são de produtos, educação, tecnologia e serviços em wellness e saúde. “Estamos com um pipeline de muitas conversas, mas vamos entrar em poucas, no máximo dez. Faremos uma mentoria de três a seis meses para decidir se a gente faz o investimento”, diz Rony.
O dinheiro para os investimentos será próprio e em alguns negócios a Rebels poderá optar por um club deal. “Para trazer sócios que agreguem valor e advisory para as investidas”, diz Rony. “Não será pelo dinheiro, mas sim pela experiência do potencial investidor.”
O GATILHO PARA O NEGÓCIO
A ideia da Rebels Ventures surgiu muito da experiência pessoal de Rony. “Nos últimos anos, os meus KPIs de saúde estavam muito ruins”, diz o empresário. De cerca de um ano e meio para cá, ele começou um processo de autoanálise, busca por alimentação saudável, por um sono de qualidade e até meditação passou a fazer.
“Isso começou a fazer uma grande diferença na minha vida, perdi 15 quilos, comecei a dormir melhor, a convivência com a família e a saúde mental também melhoraram”, diz Rony. Depois de comunicar a saída da AR&Co e da Azzas 2154, ele e os sócios começaram a pensar no que fariam.
No início do ano, Rony viajou com a família para a Califórnia e começou a perceber o tamanho do mercado. “Lá você vai em uma Target e em uma Whole Foods e tem mais de oitenta opções de energético”, afirma. “No Brasil tem uma demanda reprimida com três ou quatro opções e uma indústria profissionalizada e altamente terceirizada. Ou seja, é um play de empreendedor.”
Foi o gatilho que faltava para definir a atuação da Rebels Ventures e buscar jovens empreendedores que estejam criando marcas no segmento. O tamanho da Rebels dependerá de como o negócio evoluir. “Quem sabe não viramos uma Unilever dos negócios de wellness e saúde?”.

Fonte: Neofeed

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