Foi um encontro incrível. Na verdade três, em menos de uma semana. Logo no terceiro, senti uma intimidade forte que há muito tempo não sentia. Tinha uma conexão entre a gente. De pele, de papo, de olho no olho, de beijo, de conversas existenciais… tinha eco, sabe? Como se ficasse tudo reverberando numa outra frequência – e eu nem sou dessas mulheres místicas. Logo que saí da casa dele, isso me deu medo”, me confidenciou uma amiga querida.
A história poderia ser mais uma deliciosa narrativa de um apaixonamento súbito, desses que fazem a gente lembrar que a vida é maravilhosa justo naquela 4ª feira em que brigamos com o chefe, arranhamos o carro na saída do escritório e tentamos afogar as mágoas num bolo da padaria chique, mas ficamos ainda mais irritadas porque, assim como nossa vida amorosa, aquele bolo era pura promessa e não valeu nem as calorias nem os reais investidos. Pausa dramática. Crise de choro súbita. “Por que de novo isso?”, me pergunta ela. “Por que mais um amor não correspondido?”.