“Meu Amigo Pinguim” mostra história real e emocionante entre pescador e pinguim

Cultura"Meu Amigo Pinguim" mostra história real e emocionante entre pescador e pinguim

Dirigido por David Schurmann, o longa narra a improvável história real da amizade que nasceu na Ilha Grande, no Rio de Janeiro, e estreia nesta quinta-feira (12.09)

Quantos quilômetros você percorreria para encontrar alguém que ama? Essa é a premissa central do filme “Meu Amigo Pinguim”, uma história real de amizade entre o pinguim Dindim e o pescador Seu João, de Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Transformada em uma encantadora fábula cinematográfica pelo diretor David Schurmann, o longa estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (12.09), prometendo tocar o coração de adultos e crianças.

Protagonizado pelo renomado ator Jean Reno, famoso por seus papéis em filmes como “O Código Da Vinci” e “Missão Impossível”, o filme explora facetas mais sensíveis e sutis de sua atuação, como destacou a Variety em sua crítica. Reno interpreta João, um pescador alegre e cheio de vida, cuja felicidade é abalada pela perda de seu filho em um acidente de barco. Anos depois, isolado e tomado pela melancolia, ele encontra Dindim, um pinguim coberto de óleo e à beira da morte. O resgate do animal transforma a vida de João, despertando-o do luto e proporcionando-lhe uma redenção emocional. A partir de então, Dindim passa a percorrer 8 mil quilômetros entre a Patagônia argentina e a Ilha Grande, no Rio de Janeiro, por oito anos consecutivos, sempre retornando para ficar ao lado do amigo que salvou sua vida. Um dos momentos mais simbólicos do filme é quando João usa um gorro deixado por seu filho para fazer um suéter para Dindim, refletindo a cura e ressignificação de sua dor.

Em uma entrevista exclusiva à Vogue, David Schurmann compartilhou detalhes sobre a produção, incluindo a escolha de Jean Reno para o papel principal. “A maioria dos produtores são norte-americanos, e uma das condições era ter um ator internacional no papel principal. Tentamos incluir atores brasileiros, mas foi difícil encontrar um nome mundialmente conhecido. Então, a melhor escolha foi Jean Reno como protagonista. Eu sou fã do Jean há muitos anos, especialmente pelos filmes do início da carreira dele, que me marcaram. Foi um presente tê-lo no nosso filme.”

Além de Reno, o elenco conta com a atriz mexicana Adriana Barraza, no papel de Maria, esposa de João. Ela, que já foi indicada ao Oscar de “Melhor Atriz Coadjuvante” por Babel (2006), atuou recentemente ao lado de Bruna Marquezine em “Besouro Azul”. No entanto, o diretor fez questão de escalar talentos brasileiros, como Thalma de Freitas, Maurício Xavier, Ellen Camp, Juan Queiroz, Ravel Cabral Jorge, Duda Galvão, Wilson Rabelo, Pedro Urizzi e José Trassi. “Incluímos atores brasileiros, garantindo que o Brasil fosse representado de forma importante no filme”, acrescentou Schurmann.

Pedro Urizzi, que interpreta o pescador João mais jovem, falou sobre a emoção de estrear em Hollywood em um projeto tão potente. “É um sentimento muito puro poder participar de um filme tão cheio de emoção, que certamente tocará o coração de todos. Estou profundamente emocionado. A cada nova sessão que assisto, choro em momentos diferentes”, revelou.

A atriz mirim Duda Galvão, de 11 anos, que dá vida à Lúcia, uma das principais amigas de Dindim, também falou sobre sua alegria por estampar os cartazes do filme ao lado de Jean Reno e do pinguim. “Desde pequena, sonhei em estar em Hollywood, mas nunca imaginei que estaria em um cartaz rodando o mundo”, disse ela.

Filmado em Ubatuba e Paraty

Uma das principais dificuldades da produção foi encontrar pinguins para interpretar Dindim. Inicialmente, o estúdio não queria filmar no Brasil, mas Schurmann insistiu. “Fomos sortudos de poder trazer a produção para cá. O estúdio queria filmar na Espanha, simulando o Brasil lá. Eu e outro produtor lutamos muito para mostrar que poderíamos fazer isso aqui. Foram os pinguins e a nossa determinação que trouxeram a produção para o Brasil.” Ao todo, 10 pinguins, resgatados do Aquário de Ubatuba, se revezaram nas filmagens. O longa também tem cenas na Patagônia argentina.

Schurmann também destacou o apoio técnico que a produção recebeu. “Tivemos o apoio do Aquário de Ubatuba e de Fabián Cabelli, um dos maiores treinadores de animais do mundo, especializado em pinguins. Ele trabalhou de perto com os pinguins durante as filmagens, garantindo que fossem bem tratados.”

Para garantir a segurança dos animais, várias precauções foram tomadas, com o acompanhamento de uma organização de proteção animal dos Estados Unidos. “Com todos esses protocolos, os pinguins foram os ‘atores’ mais fáceis de lidar no set. Todas as cenas que apresentavam algum perigo ou dificuldade para os pinguins foram feitas em 3D.”

As gravações ocorreram principalmente em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, com algumas cenas filmadas em Paraty, no Rio de Janeiro. Embora a história real tenha acontecido em Ilha Grande, a equipe decidiu recriar o cenário em Ubatuba, devido a dificuldades logísticas. “Ilha Grande apresentou alguns desafios de produção, como mover toda a equipe e transportar os pinguins para lá. Por isso, acabamos não filmando em Ilha Grande, mas recriamos tudo em Ubatuba, que tem características similares. Essa é a mágica do cinema: às vezes filmamos em outro lugar, mas tentamos ser o mais fiéis possível.”

O apoio da comunidade local também foi fundamental para o sucesso da produção. “Uma das coisas que mais gostei em Ubatuba foi a natureza maravilhosa, especialmente na Praia do Prumirim, onde filmamos grande parte das cenas. O apoio da população local, dos pescadores e da comunidade foi incrível. Em cada lugar que íamos, éramos recebidos de braços abertos.”

Schurmann também relembrou que foi convidado de surpresa por um estúdio americano a dirigir o projeto. “Na verdade, essa história começou antes de mim, com um estúdio nos Estados Unidos, que ouviu falar da história do Sr. João e adquiriu os direitos. Enquanto estava em Los Angeles, promovendo meu último filme, ‘Pequeno Segredo’, para o Oscar, fui convidado para uma reunião no estúdio. Lá, me chamaram para dirigir essa produção. Foi um presente incrível, pois eu já conhecia a história do Sr. João”. O longa tem a direção de fotografia assinada por Anthony Dod Mantle, ganhador do Oscar por “Quem quer ser um milionário.”

Sucesso entre a crítica internacional, o britânico The Guardian destacou que o filme nos faz enxergar, através da ternura da amizade entre João e o pinguim Dindim, como pequenos gestos de cuidado com a natureza podem gerar grandes transformações. “Não é uma lição moral pesada, mas um lembrete suave de que, quando amamos algo, naturalmente queremos protegê-lo”, disse Schurmann, que também é presidente-executivo do Instituto Voz dos Oceanos, uma organização que combate a poluição marinha.

A história transformada em filme promete emocionar o público, trazendo uma experiência de amizade, resiliência e superação em um cenário que exalta a beleza e a simplicidade da vida.

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