Prêmio Nobel de Física vai para pioneiros da …

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Por Niklas Pollard e Johan Ahlander

ESTOCOLMO (Reuters) – Os cientistas John Clarke, Michel Devoret e John Martinis, que atuam nos Estados Unidos, ganharam o Prêmio Nobel de Física de 2025 por ‘experimentos que revelaram a física quântica em ação’, informou o órgão que concede o prêmio nesta terça-feira.

‘O Prêmio Nobel de Física deste ano proporcionou oportunidades para o desenvolvimento da próxima geração de tecnologia quântica, incluindo criptografia quântica, computadores quânticos e sensores quânticos’, disse a Academia Real Sueca de Ciências em um comunicado.

Os ganhadores do Nobel realizaram experimentos em meados da década de 1980 com um circuito eletrônico construído com supercondutores e demonstraram que as propriedades mecânicas quânticas poderiam ser concretizadas em uma escala macroscópica muito maior.

A tecnologia quântica já é onipresente, sendo os transistores dos microchips de computador um exemplo cotidiano.

‘Sinto que estou completamente atordoado. É claro que nunca me ocorreu, de forma alguma, que isso poderia ser a base de um Prêmio Nobel’, disse Clarke por telefone na coletiva de imprensa do Nobel.

‘Estou falando pelo meu celular e suspeito que vocês também estejam, e um dos motivos subjacentes para o celular funcionar é todo esse trabalho.’

Clarke, nascido no Reino Unido, é professor da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos.

Devoret, nascido na França, é professor da Universidade de Yale e da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, também nos Estados Unidos, onde Martinis também é professor.

Martinis, que é norte-americano, dirigiu o Laboratório de Inteligência Artificial Quântica do Google até se demitir em 2020.

‘É maravilhoso poder celebrar a maneira como a mecânica quântica centenária oferece continuamente novas surpresas. Também é extremamente útil, pois a mecânica quântica é a base de toda a tecnologia digital’, disse Olle Eriksson, presidente do Comitê do Nobel de Física.

SEGUNDO NOBEL CONCEDIDO NESTA SEMANA

O Prêmio Nobel de Física é concedido pela Real Academia Sueca de Ciências e inclui um prêmio no valor total de 11 milhões de coroas suecas (US$1,2 milhão), que é dividido entre os ganhadores, caso haja vários, como geralmente acontece.

Os Prêmios Nobel foram estabelecidos pelo testamento de Alfred Nobel, que acumulou uma fortuna com sua invenção da dinamite. Desde 1901, com interrupções ocasionais, os prêmios reconhecem anualmente realizações nas áreas de Ciência, Literatura e Paz. A Economia foi um acréscimo posterior.

A Física foi a primeira categoria mencionada no testamento de Nobel, provavelmente refletindo a proeminência do campo em sua época. Hoje, o Prêmio Nobel de Física continua sendo amplamente considerado como o prêmio de maior prestígio nesta disciplina.

Os vencedores anteriores do Prêmio Nobel de Física incluem algumas das figuras mais influentes da história da ciência, como Albert Einstein, Pierre e Marie Curie, Max Planck e Niels Bohr, ele próprio um pioneiro da teoria quântica.

O prêmio do ano passado foi concedido ao cientista norte-americano John Hopfield e ao britânico-canadense Geoffrey Hinton por avanços no aprendizado de máquina que estimularam o boom da inteligência artificial, um desenvolvimento sobre o qual ambos também expressaram preocupação.

Mantendo a tradição, a Física é o segundo Nobel a ser anunciado nesta semana, depois que dois cientistas norte-americanos e um japonês ganharam o prêmio de Medicina por avanços na compreensão do sistema imunológico. O prêmio de Química será anunciado em seguida, na quarta-feira.

Os prêmios de Ciências, Literatura e Economia são entregues pelo rei da Suécia em uma cerimônia em Estocolmo no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel, seguida de um luxuoso banquete na prefeitura da cidade.

O prêmio da Paz, que será anunciado na sexta-feira, é entregue em uma cerimônia separada em Oslo.

(Reportagem de Niklas Pollard, Simon Johnson e Johan Ahlander, em Estocolmo; Reportagem adicional de Marie Mannes e Greta Rosen Fondahn, em Estocolmo, e Terje Solsvik, em Oslo)

Fonte: antena1

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