
Médico perde R$ 3,6 milhões em golpe que prometia liberar R$ 8 milhões. Foto: Freepik/NDUm médico de Schroeder, no Norte catarinense, perdeu R$ 3,6 milhões após cair em um golpe milionário que prometia liberar um saldo bloqueado de R$ 8 milhões. O caso dele integra uma denúncia do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), que acusa um casal de comandar um esquema de estelionato que teria lesado ao menos dez vítimas entre 2023 e 2025.Segundo o MPSC, os acusados se apresentavam como detentores de contratos e valores bloqueados em plataformas digitais, prometendo retornos financeiros expressivos às vítimas.Para dar aparência de legitimidade ao suposto investimento, exigiam pagamentos de falsas taxas de IOF, Imposto de Renda, seguros e honorários advocatícios. Os depósitos, porém, eram desviados para contas pessoais e até para sites de apostas on-line. Faça como milhões de leitores informados: siga o ND Mais no Google. Seguir A Promotoria de Justiça da Comarca de Guaramirim pede a condenação do casal por dez crimes de estelionato, além do perdimento de bens e valores obtidos ilicitamente e do pagamento de indenização mínima às vítimas. Ambos permanecem presos preventivamente.
Outras vítimas do golpe milionário
Casal de SC some com R$ 34 milhões em golpes e aposta fortuna em cassinos onlineFoto: Divulgação/PCSC/ND MaisAlém do caso do médico, outro homem teria sofrido o golpe milionário, perdendo um valor superior a R$ 2 milhões. Há ainda vítimas que refinanciaram veículos, contrataram empréstimos consignados e até abriram contas bancárias posteriormente usadas para movimentações ligadas às apostas.A denúncia descreve também que uma das vítimas é o próprio irmão de um dos acusados. Ele teria sido convencido a vender sua parte na herança familiar e, a partir disso, passou a ser alvo de intensa manipulação emocional. O denunciado chorava, alegava sofrer ameaças de morte por supostas dívidas agrícolas no Paraná e pedia novos empréstimos. Acreditando que o irmão corria risco, a vítima realizou diversas transferências.Mesmo com a promessa de devolução das quantias com acréscimo de 10% de juros, o ressarcimento nunca ocorreu. Pelo contrário, o casal teria continuado a pressionar por novos aportes, chegando a sugerir que a vítima ou sua esposa contratassem financiamentos bancários para repassar valores.Autor da ação penal, o Promotor de Justiça Rafael Scur do Nascimento afirmou que os denunciados teriam se aproveitado de laços familiares e da confiança pessoal para induzir as vítimas ao erro, causando prejuízos que ultrapassam R$ 7 milhões.Segundo ele, o esquema não se limitava à fraude financeira. “Havia pressão psicológica e ameaças veladas, com menções a agiotas e riscos à integridade física das famílias. Era um padrão de manipulação emocional que teria levado pessoas a comprometer patrimônio, contrair dívidas e viver sob medo constante”, destacou.
Fonte: ndmais
